RESUMO
Objetivo:
O artigo em questão visa traçar o comportamento das estruturas de propriedade dispersas, dominantes e concentradas no Brasil e verificar qual destas estruturas é mais eficiente em termos operacionais e se existe um padrão a ser seguido.
Originalidade/lacuna/relevância/implicações:
São utilizadas técnicas de otimização estática por meio de Análise Envoltória de Dados (DEA) para o cálculo da variável de eficiência, sendo um diferencial com relação aos estudos anteriores, que consideram somente variáveis de resultado como indicadores de desempenho. O artigo é um dos primeiros da área que traça o padrão de eficiência das estruturas de propriedade no Brasil.
Principais aspectos metodológicos:
A amostra é constituída por 8.298 empresas-ano entre os períodos de 1995 a 2012. Para calcular a eficiência (variável dependente), são utilizadas técnicas de otimização estática através de Análise Envoltória de Dados (DEA). Após, é aplicado o método de dados em painel não balanceado por GMM-Sys (Método dos Momentos Generalizado Sistêmico).
Síntese dos principais resultados:
Os resultados obtidos mostram que, apesar de todas as variáveis serem positivamente relacionadas com a eficiência, o padrão traçado apresentou-se em formato de "U" invertido, ou seja, estruturas dispersas e concentradas, em sua maioria, são menos eficientes que as dominantes.
Principais considerações/conclusões:
O estudo identifica que tanto os problemas de agência, quanto a expropriação de minoritários pelos majoritários, decorrente da fraca proteção legal do país, afetam significativamente a eficiência das empresas brasileiras, fazendo com que as estruturas dominantes sejam a forma mais apropriada de estrutura de propriedade no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE
Governança; Eficiência; Estrutura de Propriedade; Padrão; Otimização