RESUMO
O surgimento de carcinoma hepatocelular em pacientes portadores de hepatite C na ausência de cirrose é de ocorrência pouco comum. Demonstramos a importância da ressonância magnética (RM) morfofuncional com contraste hepatoespecífico por meio da descrição de uma paciente do sexo feminino, assintomática, portadora do vírus da hepatite C (VHC), que se apresentou com nódulo detectado na ultrassonografia. Realizou tomografia computadorizada inconclusiva, sem sinais de hepatopatia crônica. A RM com contraste hepatoespecífico, ao proporcionar informações funcionais, somado ao superior contraste tecidual inerente ao método, destaca-se pela maior acurácia, com a possiblidade de não se recorrer a métodos diagnósticos invasivos. Com o acúmulo de experiência e divulgação dessa nova modalidade diagnóstica no meio médico, sua utilização e outros potenciais benefícios da RM morfofuncional com contraste hepatoespecífico podem vir a se estabelecer, beneficiando pacientes com lesões hepáticas focais desafiadoras.
Fígado; Neoplasias hepáticas; Meios de contraste; Diagnóstico por imagem; Imagem por ressonância magnética