RESUMO
OBJETIVO:
Avaliar dados epidemiológicos e tratamentos disponíveis para fraturas secundárias ao tratamento radioterápico.
MÉTODOS:
Identificação de publicações sobre as fraturas patológicas ocorridas em esqueleto previamente exposto à radiação ionizante.
RESULTADOS:
A incidência de fraturas após irradiação varia de 1,2% a 25% com taxa de consolidação de 33% a 75%, sendo mais frequente em costelas, pelve e fêmur. O tempo decorrido entre a irradiação e a fratura ocorre anos após a radioterapia. Os fatores de risco incluem idade acima de 50 anos, sexo feminino, descolamento periosteal extenso, irradiação circunferencial, tamanho do tumor e localização anterior na coxa. A etiologia ainda é incerta, mas foram observados desaparecimento celular, redução do turnover ósseo e da atividade hematopoiética como possíveis causas da falha de consolidação.
CONCLUSÃO:
Não há consenso na literatura avaliada sobre os fatores relacionados ao desenvolvimento de fraturas, sendo a dose de radiação, o tamanho prévio do tumor e o descolamento periosteal sugeridos como fatores potenciais.
PALAVRAS-CHAVE:
Fraturas espontâneas; Consolidação da fratura; Radioterapia; Efeitos de radiação