RESUMO
INTRODUÇÃO
As neoplasias malignas de cabeça e pescoço, pela própria localização anatômica, podem acarretar alterações significativas em funções vitais relacionadas à alimentação, comunicação e interação social dos indivíduos afetados.
OBJETIVO
Analisar a qualidade de vida dos pacientes com neoplasias malignas avançadas de cavidade oral, submetidos a operações radicais com intenção curativa.
MATERIAL E MÉTODOS
47 pacientes portadores de carcinoma espinocelular de cavidade oral, em estádios III e IV, foram submetidos ao tratamento cirúrgico com mandibulectomia segmentar e radioterapia complementar. Os pacientes foram submetidos ao teste de qualidade de vida após o tempo mínimo de seis meses do tratamento cirúrgico.
RESULTADOS
Dos 183 pacientes, com apenas 47 (25,7%) foi possível a realização da entrevista, compondo estes a amostra para o estudo. A maioria dos pacientes do grupo selecionado era do sexo masculino, total de 39 homens (82,9%). A idade média foi de 64,4 anos. A maioria dos pacientes apresentava estadiamento clínico IV (83%), sendo submetidos à radioterapia adjuvante (95,4%). A média do escore obtido após a avaliação dos questionários foi de 64,6. Os piores escores foram encontrados nos quesitos deglutição e mastigação.
CONCLUSÃO
Não houve diferenças estatisticamente significativas nos domínios de qualidade de vida entre os dois grupos estudados (com reconstrução óssea versus sem reconstrução óssea). Pacientes entrevistados dois anos ou mais após o tratamento apresentaram escores superiores (p=0,02).
Qualidade de vida; Neoplasias bucais; Reconstrução mandibular; Carcinoma de células escamosas; Transplante ósseo; Osteotomia mandibular