RESUMO
OBJETIVO
Analisar a relação entre o processo de trabalho dos médicos do Programa Mais Médicos (PMM) no Brasil e alguns indicadores socioeconômicos no período de 2015.
MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa quantitativa que utilizou dados secundários dos relatórios de supervisão do PMM. A variável dependente foi a qualidade do processo de trabalho e as variáveis independentes foram o tipo de município, expectativa de anos de estudo, índice de Gini, investimento em Atenção Primária à Saúde (APS) e cobertura de unidades de saúde. Na análise dos dados foi realizada a modelagem múltipla por regressão de Poisson com variância robusta.
RESULTADOS
Foram analisados dados de 3.816 municípios, abrangendo 1.537 profissionais. Destacam-se como variáveis socioeconômicas estratégicas e que explicam o modelo do processo de trabalho do PMM: o investimento e a cobertura da atenção básica. Tornou-se bastante evidente o princípio da equidade, pois os municípios mais vulneráveis e de maior cobertura realizam maior número de atividades em seu processo de trabalho.
CONCLUSÕES
Com a implantação do PMM e o provimento de médicos em regiões desassistidas ocorreu a consolidação do tripé processo de trabalho em saúde, atenção básica e equidade, tornando possível a efetivação de um processo de trabalho focado na APS. Isso implica a realização de maior número de atividades inerentes à APS, as quais não eram realizadas em função da ausência do profissional médico. Nesse sentido, o programa cumpre o seu papel de combater as desigualdades em municípios mais vulneráveis.
Indicadores básicos de saúde; Atenção Primária à Saúde; Cobertura de serviços de saúde