Resumo
Objetivos:
linfoma linfoblástico (LL) é o segundo subtipo mais comum de linfoma não Hodgkin em crianças. O objetivo deste estudo foi caracterizar a evolução clínica de crianças e adolescentes com LL em um centro terciário.
Métodos:
estudo de coorte retrospectivo de 27 pacientes com idade de até 16 anos com LL admitidos entre janeiro de 1981 e dezembro de 2013. Os pacientes foram tratados de acordo com o protocolo de tratamento para leucemia linfoblástica aguda (LLA). O diagnóstico foi baseado em biópsia do tumor e/ou no exame citológico de derrame pleural. A sobrevida global foi analisada pelo método de Kaplan-Meier.
Resultados:
a média de idade ao diagnóstico foi de 11,6 anos (variação interquartil, 4,6-13,8). Linfoma linfoblástico de células T foi identificado em 16 pacientes (59%) e a manifestação primária mais comum foi o acometimento mediastinal (56%). Tumor intra-abdominal foi a manifestação clínica principal nos pacientes com LL de células pré- -B. A maioria dos pacientes apresentava doença avançada (18 pacientes, 67%) ao diagnóstico. Vinte e quatro pacientes (89%) alcançaram remissão clínica completa. Após um período de acompanhamento médio de 43 meses (intervalo interquartil, 6,4-95), 22 pacientes (81%) continuam vivos em primeira remissão clínica completa. Cinco crianças (18,5%) morreram, três delas logo após a admissão e duas após recidiva. A probabilidade de sobrevida em cinco anos para 20 pacientes com LL de novo foi de 78% (DP 9,4).
Conclusão:
os resultados confirmam o prognóstico favorável de crianças com LL tratadas com regime de quimioterapia intensiva derivado da terapia de LLA.
Palavras-chave:
leucemia-linfoma linfoblástico de células T precursoras; leucemia-linfoma linfoblástico de células precursoras B; linfoma não Hodgkin; pediatria; sobrevida