RESUMO
FUNDAMENTO
A hepcidina é um importante regulador da homeostase do ferro.
OBJETIVOS
Este estudo transversal foi realizado para avaliar a associação entre hepcidina e componentes da síndrome metabólica em pacientes com doença renal crônica (DRC).
PROJETO E LOCAL
Cento e três pacientes com DRC e 59 voluntários saudáveis foram incluídos no estudo no Hospital Universitário.
MÉTODOS
Os níveis séricos de hepcidina foram medidos pelo teste imunoenzimático (Elisa). Quanto aos parâmetros do estudo, idade, sexo, índice de massa corporal, doenças renais, bioquímica sérica, hemograma completo, capacidade de ligação total de ferro e ferro, ferritina, proteína C reativa altamente sensível (hsCRP), proteína C reativa (PCR) e taxa de sedimentação de eritrócitos (VHS) foram avaliados.
RESULTADOS
A idade média dos pacientes foi de 58,63±11,8 anos. Número de pacientes em cada estágio da DRC, do estágio I ao estágio V (não em terapia renal substitutiva). O nível de hepcidina foi significativamente associado à hipertensão e níveis mais altos de ácido úrico (P <0,05). Houve correlação positiva entre hepcidina e ureia, ácido úrico, creatinina, ferritina, PCR, VHS, fósforo, triglicerídeo, lipoproteína de baixa densidade (LDL), proteinúria e albuminúria na coleta de urina de 24 horas. Foi encontrada correlação negativa entre hepcidina e taxa de filtração glomerular estimada (TFGe), hemoglobina, hematócrito, cálcio, 25 OH de vitamina D, pH e níveis de bicarbonato.
CONCLUSÃO
A hepcidina é um hormônio bem conhecido que regula o metabolismo do ferro, mas também pode ser um importante contribuinte para os componentes da síndrome metabólica em pacientes com DRC.
Hepcidinas; Insuficiência renal crônica; Síndrome metabólica