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Melhora da prevenção cardiovascular pelo conhecimento do paciente

OBJETIVO: Pacientes com doença arterial periférica (DAP) ou doença arterial coronariana (DAC) necessitam de um controle rigoroso dos seus fatores de risco, mas essa prática ainda está muito aquém da ideal. O objetivo deste estudo foi verificar como é feita a prevenção cardiovascular nesses pacientes em um hospital universitário no Brasil e identificar os preditores de melhor prevenção secundária. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal, com 192 pacientes portadores de DAC ou DAP. Foram analisadas seis metas a serem atingidas: 1) pressão arterial sistólica < 140 mmHg; 2) pressão arterial diastólica < 90 mmHg; 3) LDL < 100 mg/dL; 4) HDL > 40 mg/dL para homens/> 50 mg/dL para mulheres; 5) não fumar; 6) prática de exercício físico aeróbico regular. RESULTADOS: A idade média dos pacientes é 65,7 anos e 60% são do sexo masculino. A porcentagem dos pacientes que atingiram de 1 a 6 metas foi 57,3%; 67,2%; 40,1%; 27,6%; 88,5% e 25%, respectivamente. O número médio de metas atingidas por paciente foi 2,67 e 3,46 para os pacientes com DAP e DAC, respectivamente. Os preditores independentes de maior número de metas/paciente foram: sexo masculino (p = 0,011), estar internado (p < 0,001), diagnóstico de DAC (p = 0,011), saber o motivo do tratamento (p = 0,028) e receber prescrição de β-bloqueador (p = 0,011). CONCLUSÃO: Mesmo em um hospital universitário, a prevenção encontra-se longe da ideal. Esforços para aumentar a conscientização do paciente devem ser estimulados e podem possivelmente melhorar a efetividade das medidas preventivas.

Aterosclerose; fatores de risco; doença arterial periférica; doenças da coronária; prevenção


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