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Complicações da intubação traqueal em pediatria

OBJETIVO: Descrever a frequência e os tipos de complicações da intubação traqueal e suas principais causas. MÉTODOS: Estudo transversal de pacientes internados na UTI Pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, entre maio/98 e dezembro/99 e que foram submetidos a intubação traqueal por mais de 24 horas. Os critérios de exclusão incluíam intubações anteriores, cirurgias ou traumas em região cervical ou orofaringe. RESULTADOS: Foram estudados 147 casos com idade variando de um mês até 15 anos e três meses. Em 31,3% foram usados tubos traqueais de tamanho inadequado e 14,3% necessitaram cinco ou mais tentativas para serem intubados. Houve maior dificuldade de intubação por parte dos médicos residentes. O maior número de tentativas de intubação traqueal foi relacionado com aumento de traumas, hipóxia, bradicardia e piora no escore de Downes após a extubação. Foram observados 21,8% de extubação acidental, que se relacionou com piora no escore de Downes e necessidade de reintubação. Os médicos residentes também causaram maior número de traumas e de bradicardia. CONCLUSÃO: A maioria das complicações pode ser atribuída à falta de experiência e treinamento do médico que realizou a intubação traqueal, devendo-se para minimizá-las implementar programas de treinamento e aumentar a supervisão durante a intubação traqueal.

Intubação intratraqueal; Complicações; Respiração artificial; Pediatria


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