RESUMO
OBJETIVO
Estimar a prevalência de hipertensão arterial em adultos e analisar sua associação com fatores de risco socioeconômicos, demográficos e de estilo de vida.
MÉTODOS
Estudo epidemiológico transversal, de base domiciliar, realizado com adultos de ambos os sexos residentes nas cidades de Teresina e Picos (PI). A prevalência de hipertensão arterial foi estimada por meio de diagnóstico autorreferido. Foram testadas as associações entre a hipertensão arterial e as variáveis: idade, sexo, cor da pele, escolaridade, renda familiar, situação conjugal, consumo de álcool e cigarro, prática de atividade física e estado nutricional.
RESULTADOS
Participaram do estudo 1.057 indivíduos adultos com média de idade de 38,6 ± 11,5 anos, sendo 62,3% do sexo feminino. A prevalência de hipertensão arterial na população foi de 16,4%. Na análise bruta, observou-se associação significativa entre a prevalência de hipertensão e fatores como maior idade, menor escolaridade, estado civil solteiro, cor da pele parda, tabagismo e excesso de peso (p<0,05). Entretanto, após ajustes, apenas as associações com a maior idade, cor da pele parda, estilo de vida sedentário e excesso de peso mantiveram-se significativas.
CONCLUSÃO
A idade mais avançada, cor da pele parda, sedentarismo e a presença de sobrepeso ou obesidade apresentaram-se significativamente associados à hipertensão. Dentre os fatores de risco modificáveis, destaca-se o sedentarismo e o excesso de peso como importantes para a gênese de hipertensão e passíveis de medidas de intervenção.
Hipertensão; Saúde do adulto; Inquéritos epidemiológicos; Fatores de risco