RESUMO
OBJETIVO:
O objetivo desse estudo é relatar os resultados do desbridamento artroscópico da subtalar em oito pacientes portadores da Síndrome do Seio do Tarso (SST) refratária ao tratamento conservador.
MÉTODOS:
Este é um estudo retrospectivo com oito pacientes com diagnóstico de STT que foram submetidos à artroscopia subtalar para desbridamento do seio do tarso entre janeiro de 2015 e janeiro de 2017, após seis meses de tratamento conservador. Todos os pacientes responderam questionário epidemiológico e foram submetidos à avaliação funcional com a Escala Visual Analógica de dor (EVA) e o American Orthopaedic Foot and Ankle Society Score (Aofas) no pré-operatório e na última avaliação, em uma média de 12 meses (6-24 meses).
RESULTADOS:
Todos os pacientes exibiram intensa sinovite na região. Sete pacientes tinham resquícios de ligamentos talocalcaneanos e seis do ligamento cervical. O Aofas aumentou 30 pontos em média (51,75 no pré-operatório para 82,62 no último seguimento) e a EVA diminuiu em média 5 pontos (7,37 no pré-operatório para 2,12 no último seguimento). Esses resultados foram estatisticamente significativos com p = 0,043 e p = 0,032, respectivamente. Seis pacientes descreveram o resultado como excelente e dois como bom. Nenhuma complicação foi relatada. Todos os pacientes retornaram ao esporte após seis meses de acompanhamento.
CONCLUSÃO:
O desbridamento artroscópico da subtalar é uma alternativa eficaz e segura no tratamento da SST refratária ao tratamento conservador. Mais estudos, com metodologia prospectiva, são necessários para comprovar os resultados da técnica.
PALAVRAS-CHAVE:
Artroscopia/métodos; Ossos do tarso; Articulação talocalcânea; Desbridamento