RESUMO
OBJETIVO:
O estudo pretende verificar a associação entre fatores de risco relacionados ao surgimento da IUE com resultado do tratamento cirúrgico com sling suburetral transobturador.
PACIENTES E MÉTODOS:
Foi realizado estudo retrospectivo com 57 pacientes operadas pelo serviço de Cirurgia do Assoalho Pélvico da FMJ. Foram compilados dados demográficos da amostra, calculado o índice de massa corpórea (IMC) e as pacientes foram divididas de acordo com a resposta ao tratamento cirúrgico.
RESULTADOS:
77,2% da amostra apresentou-se curada ou melhorada após o tratamento cirúrgico, 75,4% das mulheres se encontravam na pós-menopausa e 73,7% negaram tabagismo atual ou passado. A mediana de idade foi de 61 anos, a mediana do número de partos foi de 4,0 e a mediana do IMC foi de 28,6 kg/m2; 50,9% da amostra foi classificada como pré-obesa. O IMC, o status menopausal, a idade, o tabagismo e a manutenção da atividade sexual não foram fatores associados ao resultado cirúrgico. Porém, a paridade igual ou superior a 5 associou-se a piores resultados pós-operatórios (p=0,004).
CONCLUSÕES:
Entre os fatores de risco associados ao surgimento da IUE, apenas a paridade maior que 4 influenciou negativamente as taxas de melhora após cirurgia de sling transobturador.
PALAVRAS-CHAVE:
Incontinência urinária; Obesidade; Paridade; Menopausa; Slings suburetrais