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Vírus Epstein-Barr na mucosa oral de pacientes positivos para o vírus da imunodeficiência humana

Objetivo:

a taxa de detecção do vírus Epstein-Barr (EBV) é alta em pacientes vivendo com o vírus da imunodeficiência humana. Com o objetivo de contribuir para o entendimento epidemiológico e investigar a atividade do EBV na mucosa oral, foi realizado um estudo de coorte com pacientes HIV positivos.

Métodos:

esfregaços orais de 145 pacientes HIV positivos foram coletados entre março de 2010 e março de 2011. A reação de cadeia de polimerase (PCR) internalizada e a PCR reversa (RT-PCR) foram usadas para genotipar o EBV e detectar a expressão do EBNA-2, respectivamente.

Resultados:

o DNA do EBV foi detectado em 48,3% dos participantes, dos quais 32,85% eram portadores do EBV-1 e 45,71% de EBV-2. Adicionalmente, 14,28% eram co-infectados por ambos os tipos. O mRNA do gene EBNA-2 foi expresso em 45,7% das amostras positivas para EBV, incluindo 20% por EBV-1 somente, 20% por EBV-2 somente e 1,4% por ambos os genótipos. O estado imune afetou a infecção por EBV, e a positividade para EBV-2 foi significativamente correlacionada com o comportamento sexual dos participantes. A co-infecção por ambos os genótipos de EBV foi dependente da carga viral de HIV e da atividade do gene EBNA-2.

Conclusão:

registrou-se uma alta prevalência de EBV em atividade na mucosa oral de indivíduos assintomáticos soropositivos para HIV. O estudo focaliza a necessidade de monitoramento e tratamento de pacientes infectados por HIV com reativação pelo EBV.

vírus Epstein-Barr; HIV; genótipos; mucosa oral


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