RESUMO
OBJETIVO
Revisar as evidências científicas atuais sobre a transmissão vertical relacionada à infecção pelo novo coronavírus 2019 (COVID-19).
MÉTODOS
Uma revisão integrativa foi realizada por dois pesquisadores independentes, com base na literatura disponível nas bases de dados Medline (via PubMed) e Lilacs, utilizando os descritores “gravidez” e “COVID-19” e “transmissão vertical”. Esta pesquisa incluiu relatos de caso ou séries de casos publicados até 17 de junho de 2020, em inglês ou português. Após a leitura integral dos artigos, foram selecionados aqueles relacionados especificamente aos riscos potenciais da transmissão vertical do COVID-19 durante a gravidez. Encontramos inicialmente um total de 57 artigos; 26 foram cuidadosamente analisados e 15 artigos foram finalmente selecionados.
RESULTADOS
A gravidez pode tornar as mulheres mais suscetíveis a infecções, principalmente patógenos virais, dadas as várias alterações fisiológicas e imunológicas que ocorrem para manter o equilíbrio materno-fetal. Especula-se que o feto possa ser um possível alvo para a COVID-19. Poucos estudos (3 em 15) em nossa análise encontraram resultados positivos para Sars-CoV-2 em membranas fetais, placenta e em recém-nascidos logo após o nascimento. Além disso, nenhuma diferença foi observada ao comparar diferentes tipos de parto e parece razoável supor que mulheres grávidas com condições clínicas estáveis podem ser incentivadas para o parto vaginal.
CONCLUSÃO
Mais estudos com maior número de casos são necessários para elucidar se o vírus pode ser transmitido verticalmente ao feto e se alguma condição materna pode influenciar isso. Nossas descobertas parecem demonstrar que a transmissão vertical é possível, mas bastante incomum.
Gravidez; Infecções por coronavírus; Transmissão vertical de doença infecciosa