Resumo
Após décadas de ostracismo, os recentes avanços no tratamento do melanoma trouxeram uma nova realidade para pacientes, médicos e pesquisadores. Enquanto anticorpos monoclonais voltados a moléculas envolvidas na modulação da interação entre células do melanoma e do sistema imune consolidaram o uso da “imunoterapia”, um melhor conhecimento acerca das aberrações genômicas envolvidas na carcinogênese do melanoma viabilizaram o desenvolvimento de inibidores da via mitogen-activated protein kinase pathway (MAPK), o que também resultou em ganhos significativos em taxas de resposta e sobrevida. Consequentemente, novas modalidades de tratamento foram aprovadas para uso clínico nos Estados Unidos e na Europa, incluindo os bloqueadores de correceptores imunes ipilimumabe, nivolumabe e pembrolizumabe, o herpesvírus oncolítico talimogene laherparepvec (T-VEC), e os agentes-alvo vemurafenibe, dabrafenibe, cobimetinibe e trametinibe. Nesse artigo, revisamos os resultados que trouxeram novas alternativas para a prática clínica e discutimos a incorporação desses avanços ao cuidado de pacientes no Brasil.
Palavras-chave:
melanoma; anti-PD1; anti-CTLA-4; BRAF; MEK