Resumo
Objetivo:
analisar os custos assistenciais com afecções cardiovasculares utilizados por usuários sobreviventes do câncer de uma operadora de saúde suplementar na região Sul do Brasil.
Método:
foi desenvolvido um estudo observacional, transversal, retrospectivo, com estratégia quali-quantitativa, através de atividade de auditoria interna analítica de contas médico-hospitalares.
Resultados:
foram analisadas 860 contas, de 2012 a 2015, com 73% de usuários femininos e uma média etária de 62,38 anos, somando um custo total direto de R$ 241.103,72. Houve predomínio de 37% de neoplasias de mamas, 15% de próstata e 9% de cólon. Com relação à assistência cardiovascular, 44% foram consultas, 44% foram exames complementares, 10% foram atendimentos de emergência e 3% foram hospitalizações. Os custos em assistência cardiovascular foram maiores nas hospitalizações (51%), seguidos pelos exames complementares (37%), pelas consultas (8%) e pelos atendimentos emergenciais (4%).
Conclusão:
os sobreviventes de câncer habitualmente utilizam a assistência à saúde em outras especialidades, como a cardiologia, e o principal custo é em hospitalização. Recomenda-se investir em prevenção (consultas e exames), assim como em programas de gestão de casos crônicos para reduzir os custos e melhorar a qualidade da assistência à saúde.
Palavras-chave:
saúde suplementar; custo e análise de custo; serviços de cardiologia; oncologia; prevenção de doenças