OBJETIVO: Avaliar comparativamente os tratamentos para área cruenta da pele por meio de cicatrização conduzida (método original de cicatrização cutânea por segunda intenção) e enxerto de pele autógena. MÉTODOS: Foram utilizados 17 coelhos, dos quais foram retirados dois segmentos de pele, um de cada lado do dorso. De um lado, a área doadora do enxerto permaneceu cruenta, para cicatrização conduzida (A). Do outro lado do dorso, a pele foi implantada como enxerto (B), para recobrir a área cruenta. Assim, cada animal tinha em seu dorso os dois tipos de tratamentos (A e B). Os coelhos foram distribuídos em dois grupos, de acordo com o tamanho das feridas provocadas em seu dorso: grupo 1 - A e B (4 cm²) e grupo 2 - A e B (25 cm²). Avaliou-se o tempo de cicatrização de ambos os tratamentos: grupo 1, após 19 dias, e grupo 2, após 35 dias. Os aspectos macro e microscópico finais da cicatrização foram analisados comparativamente nos quatro subgrupos. À histologia, avaliaram-se o número e a espessura de estratos da epiderme, a presença de células inflamatórias, bem como de cistos epidérmicos e de células gigantes. O estudo estatístico usou os testes não paramétricos de Fischer, Kruskall-Wallis e Wilcoxon. RESULTADOS: Não se observou diferença macro ou microscópica entre a cicatrização conduzida e o enxerto de pele. CONCLUSÃO: A cicatrização conduzida parece ser uma boa opção terapêutica para áreas cruentas cutâneas em coelhos.
Cicatrização de feridas; Transplante de pele; Desbridamento; Curativos