RESUMO
OBJETIVO
Avaliar dois critérios distintos, um ou dois valores de corte, do teste oral de tolerância à glicose com 75 g de glicose para o diagnóstico de diabetes mellitus gestacional.
Métodos
Estudo transversal envolvendo 120 prontuários de gestantes que realizaram pré-natal em um ambulatório de uma universidade brasileira. Análise bivariada dos resultados obstétricos e perinatais foi realizada pelo teste do qui-quadrado.
Resultados
Considerando o critério I, 12,5% das pacientes foram diagnosticadas com diabetes mellitus gestacional. As pacientes apresentaram uma chance 3,57 maior de ter um feto grande para a idade gestacional (p=0,038). Utilizando o critério II, o diabetes mellitus gestacional foi diagnosticado em 5,8% das pacientes. Mediante esse critério diagnóstico, a chance de macrossomia foi 7,73 vezes mais provável na presença de diabetes mellitus gestacional (p=0,004) e a chance de um feto grande para a idade gestacional foi 8,17 vezes maior de ocorrer (p=0,004).
Conclusões
Observou-se diferença na prevalência de diabetes melittus gestacional entre os dois critérios analisados, sendo que o novo critério proposto aumentou a prevalência.
Diabetes gestacional; Técnicas e procedimentos diagnósticos; Teste de tolerância à glicose; Assistência perinatal