Introdução:
suspeita de apendicite é a indicação mais comum de cirurgia para condições não obstétricas durante a gravidez e ocorre em cerca de 1:500 a 1:635 gestações por ano. Ocorre com mais frequência no segundo trimestre da gestação. A apendicite aguda é o problema cirúrgico geral mais comum encontrado durante a gravidez.
Método:
revisão de literatura com pesquisa de artigos científicos por meio dos unitermos “apendicite aguda” e “gestação” nas bases de dados PubMed, Lilacs/SciELO, Scopus, Biblioteca Cochrane e Uptodate.
Resultados:
as manifestações clínicas da apendicite são semelhantes às de mulheres não grávidas; no entanto, pode ocorrer a apresentação não clássica, o que pode dificultar o diagnóstico, devendo ser subsidiado por exames de imagem.
Discussão:
o diagnóstico clínico deve ser fortemente suspeitado em mulheres grávidas com achados clássicos, como dor abdominal que migra para o quadrante inferior direito. O principal objetivo da imagem é reduzir atrasos na intervenção cirúrgica decorrentes da incerteza diagnóstica. Um objetivo secundário é o de reduzir, mas não eliminar, a taxa de apendicectomia negativa. O diagnóstico diferencial de suspeita de apendicite aguda inclui patologias geralmente consideradas em pessoas não grávidas.
Conclusão:
o exame de imagem de primeira escolha é a ultrassonografia, podendo-se utilizar a ressonância nuclear magnética quando aquela não for conclusiva, e, em último caso, a tomografia computadorizada. O tratamento indicado permanece sendo a apendicectomia por laparotomia, uma vez que a viabilidade da cirurgia videoassistida ainda permanece controversa.
Palavras-chave:
apendicite; gravidez; complicações na gravidez