Resumo
Objetivo:
Existem inúmeros protocolos de comunicação de más notícias; porém, nenhum método na literatura nacional é culturalmente adequado à nossa realidade. Este estudo propõe um método de comunicação adaptado e avalia sua aceitação entre médicos e enfermeiros brasileiros.
Método:
Trata-se de um estudo prospectivo cujos dados foram coletados após treinamentos específicos de médicos e enfermeiros sobre as técnicas de comunicação de más notícias. Foi empregado instrumento mnemônico chamado Protocolo P-A-C-I-E-N-T-E. Esse instrumento, em concordância com a realidade brasileira, foi baseado no Protocolo SPIKES de comunicação.
Resultados:
Verificou-se, entre os profissionais da saúde, que a pior tarefa a ser executada durante a comunicação é "falar sobre a morte", seguida de "discutir o fim das tentativas de tratamento curativo" e o "diagnóstico" em si. Do total dos entrevistados, 48% relataram não terem recebido treinamento formal sobre comunicações. Verificou-se, ainda, que 52% dos participantes não utilizam qualquer abordagem sistematizada na prática diária ao se comunicarem com os pacientes, mas 97% consideraram o protocolo proposto útil e adequado.
Conclusão:
O Protocolo P-A-C-I-E-N-T-E, proposto como ferramenta para direcionar a comunicação, mostrou-se adequado à nossa realidade.
Palavras-chave:
cuidados paliativos; protocolo; comunicação