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Comparison of students’ motivation at different phases of medical school

RESUMO

INTRODUÇÃO:

O conhecimento sobre a motivação dos estudantes possibilita aos educadores ampliar sua compreensão e estabelecer estratégias que possam potencializá-la.

OBJETIVOS:

Investigar a motivação do estudante em diferentes momentos da formação médica, comparando-se a motivação de alunos ingressantes e do final do curso, assim como nas diferentes fases pré-clínica, clínica e internato.

MÉTODOS:

Estudo transversal incluindo estudantes de uma universidade pública brasileira. O questionário incluiu dados sociodemográficos e a Escala de Motivação Acadêmica (EMA). A motivação dos estudantes foi comparada nas diferentes fases do curso.

RESULTADOS:

Foram incluídos 710 estudantes de medicina. Houve diferenças significantes entre a motivação nas diferentes fases do curso de medicina. Estudantes nas fase pré-clínica (1o e 2o anos) possuíam maiores níveis de EMA regulação integrada (e.g. "Educação é um privilégio"), EMA regulação introjetada (e.g. “venho porque é isso que esperam de mim") e EMA motivação intrínseca (e.g. "universidade é um prazer"). já estudantes da fase clínica (3o e 4o anos) possuíam maiores níveis de EMA desmotivação (e.g. "estou perdendo meu tempo na universidade") e EMA regulação externa (e.g. “venho à universidade para conseguir o diploma"). Os estudantes do internato (5o e 6o anos) obtiveram resultados não significantes em relação ao período clínico, mas diferentes em relação ao pré-clínico na EMA regulação externa, EMA regulação introjetada e EMA regulação Integrada. Comparando-se apenas o primeiro com o último semestre do curso, os alunos ingressantes possuíam maiores níveis de EMA regulação integrada e menores níveis de EMA desmotivação e EMA regulação externa.

CONCLUSÃO:

Foram encontradas mudanças motivacionais importantes entre as diferentes fases da formação médica, tendo maiores níveis de motivação nos períodos iniciais do curso. Esses achados podem auxiliar o desenvolvimento de estratégias educacionais que estimulem a educação autodeterminada.

PALAVRAS-CHAVE:
Faculdades de medicina; Autonomia pessoal; Estudantes de medicina; Motivação; Comportamento e mecanismos comportamentais

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