RESUMO
OBJETIVO:
O presente estudo examinou a concordância entre os indicadores de saúde óssea e composição tecidual resultantes da aplicação de equipamentos concorrentes de absorciometria de raios X de dupla energia (DXA).
MÉTODO:
A amostra (n = 32), com 27,6 ± 10,1 anos de idade avaliados antropometricamente, inclui impedância bioelétrica com multifrequência e pletismografia de ar deslocado. O conteúdo mineral ósseo (CMO), a área de tecido ósseo, o tecido magro e o tecido gordo de corpo inteiro foram obtidos considerando o modo pencil beam (Lunar DPX-MD+) e o fan beam (Lunar iDXA). Para cada um dos equipamentos, foi efetuado um scanner proximal do fêmur, sendo produzida informação sobre a densidade mineral óssea (DMO) do colo, nomeadamente triângulo de Ward, trocanter e haste. Na fase de processamento, foi definida uma região de interesse (ROI; coxa direita). As análises compreenderam a diferença de médias de medidas repetidas com cálculo da magnitude de efeitos (d), coeficiente de correlação intraclasse (CCI), coeficiente de variação (CV).
RESULTADOS:
Foram obtidos CCI>0,900 para todas as medidas, com diferenças intraindividuais largas apenas para CMO (d = 1,312; CV = 2,7%), área de tecido ósseo (d = 1,761; CV = 2,7%), tecido gordo total (d = 1,612; CV = 11%) e tecido magro em todos os segmentos (d = 1,237-1,687; CV = 2,0-41%). A massa magra da ROI apresentou uma variaçāo intraindividual muito larga (d = 4,014; CV = 8,4%).
CONCLUSÃO:
Foram encontradas diferenças negligenciáveis para a DMO de corpo todo. As medidas de massa gorda e massa magra obtidas por DXA nāo devem ser tidas como critério, mas antes como referenda, muito especialmente quando se delimita uma ROI.
PALAVRAS-CHAVE:
Absorciometria de fóton; Densidade óssea; Composiçāo corporal; Atletas