RESUMO
INTRODUÇÃO:
A higiene genital pode desempenhar um papel importante na prevenção de desconfortos vulvovaginais e infecções. Evidências científicas sobre as melhores práticas em higiene genital são escassas, e o ginecologista, sem dúvida, é a melhor pessoa para discutir e orientar o assunto.
OBJETIVO:
Avaliar a higiene genital feminina usual de médicas ginecologistas.
MÉTODOS:
Estudo analítico descritivo que identificou higiene genital e práticas sexuais de 220 ginecologistas por meio de um questionário com 60 perguntas autorrespondidas. Os dados foram analisados e apresentados por frequência, porcentagem, média e desvio padrão.
Resultados:
A população estudada consistiu de médicas ginecologistas femininas brancas (71,3%) com idade média de 37,3 anos. Mais da metade (53,6%) relatou ficar fora de suas casas por períodos superiores a 10 horas por dia e queixaram-se de descarga vaginal em 48,1% dos casos. Higiene vulvovaginal regular: 17,8% relataram lavar os genitais uma vez por dia e 52%, duas vezes por dia. O uso apenas de papel (seco) foi relatado em 66,4% dos casos após micção e em 78,5% após a evacuação. A higiene ideal com água corrente e sabão foi praticada apenas em 25,9% e 21,5%, respectivamente. Higiene vulvovaginal relacionada ao sexo: mais da metade delas relatou relações sexuais 1-3 vezes por semana, sexo oral frequente e anal eventual em 37,4% e 24,1%, respectivamente. A higiene genital pré-sexo foi relatada por 52,7% das pessoas e em 78,5% após o coito.
Conclusão:
Os hábitos de higiene genital dos ginecologistas femininos estão sujeitos a melhorias, mesmo considerando o alto grau de conhecimento científico que possuem.
PALAVRAS-CHAVE:
Ginecologia; Produtos de higiene feminina/efeitos adversos; Cremes, espumas e géis vaginais; Comportamento sexual; Médicas