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Avaliação dos resultados perinatais em gestantes com rotura prematura das membranas pré-termo

RESUMO

Objetivo:

determinar a associação do índice de líquido amniótico (ILA) com os resultados perinatais na rotura prematura das membranas pré-termo (RPMPT).

Método:

realizou-se um estudo de coorte retrospectivo, de 2008 a 2012. Foram incluídas 86 gestantes, com diagnóstico de RPMPT e idade gestacional entre a 24ª e 35ª semanas. Foram excluídas gestantes que apresentavam síndromes hipertensivas, diabetes, fetos com malformações fetais e infecção na admissão. Para determinar a associação entre ILA e desfechos perinatais, foram utilizados os testes qui-quadrado e exato de Fisher, quando pertinentes, além da razão de risco (RR) e seu intervalo de confiança a 95% (IC95%). A correlação entre ILA e desfechos perinatais foi determinada por regressão linear simples, e a evolução do ILA durante a gestação foi analisada pelo teste Z.

Resultados:

quando comparados os recém-nascidos que apresentavam ultrassonografia com ILA<5 cm e ILA>5 cm, observou-se maior frequência de mortalidade perinatal nos casos de ILA<5 cm. Quando o oligo-hidrâmnio, porém, era diagnosticado como grave (ILA<3 cm), observava-se maior frequência de escore de Apgar <7 no 1º minuto, sepse neonatal e mortalidade neonatal precoce em relação aos que apresentavam ILA>3 cm. Observou-se uma correlação positiva entre ILA e idade gestacional no parto, peso ao nascer e escore de Apgar no 1º e 5º minutos, além de diminuição do volume do líquido amniótico com o avançar da idade gestacional.

Conclusão:

a presença de oligo-hidrâmnio grave após a RPMPT contribuiu para uma maior frequência de complicações e mortalidade perinatal.

Palavras-chave
líquido amniótico; ruptura prematura de membranas fetais; unidades de terapia intensiva neonatal; unidades de cuidado intensivo neonatal

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