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Alerta para alterações ósseas e baixas concentrações séricas de vitamina D em pacientes com doença inflamatória intestinal

Resumo

Introdução:

A doença inflamatória intestinal (DII), como a doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RU), caracterizam-se pela inflamação crônica no intestino, que pode reduzir a absorção de vitamina D e cálcio.

Objetivo:

Investigar as alterações ósseas presentes em pacientes com DII e as dosagens séricas de vitamina D.

Método:

Estudo transversal analítico baseado na revisão de prontuários de pacientes com DII de um consultório privado de Curitiba, PR. Em todos os pacientes, foram dosadas as concentrações séricas de vitamina D e foi feita a densitometria óssea. Cento e cinco pacientes foram incluídos no estudo, dos quais 38 (58,4%) foram diagnosticados com DC, 27 (41.6%) com RU e 40 com síndrome do intestino irritável (SII) como grupo de comparação.

Resultados:

Quando comparados com pacientes com RU, os pacientes com DC apresentaram maior prevalência de alterações ósseas, sendo 15,8% com osteoporose e 36,8% com osteopenia. Na RU, as alterações ósseas ocorreram em 29,6% dos casos, 3,7% com osteoporose e 25,9% com osteopenia. Em relação às dosagens de vitamina D, dentre os pacientes com DC, 10,5% apresentavam deficiência, 65,8%, insuficiência e 23,7%, suficiência. Na RU, 7,4% dos casos tinham deficiência, 74,1%, insuficiência e 18,5%, suficiência. No grupo com SII, observaram-se deficiência em 17,5%, insuficiência em 55% e suficiência em 27,5%. Não foi observada diferença significativa entre os grupos.

Conclusão:

Pacientes com DII apresentaram alta prevalência de alterações ósseas, principalmente aqueles com DC. As concentrações séricas de vitamina D estão abaixo do recomendado em todos os grupos avaliados.

Palavras-chave:
doença inflamatória intestinal; osteoporose; vitamina D

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