RESUMO
INTRODUÇÃO:
Este estudo tem como objetivo determinar a incidência da síndrome nefrítica de novo (SN) em pacientes com COVID-19 e identificar os fatores associados.
MÉTODOS:
Todos os pacientes da enfermaria com pneumonia por COVID-19 foram investigados. Após a determinação dos critérios de inclusão e exclusão, a população do estudo foi identificada. Foram realizadas medições do teste da vareta da urina e da razão da creatinina das proteínas na urina (UPCR).
RESULTADOS:
Este estudo transversal descritivo foi realizado com 21 pacientes com COVID-19. A idade média dos pacientes foi de 42,2±8,8 anos e 71,4% dos pacientes eram do sexo masculino. A duração média do seguimento foi de 28,4±9,3 dias. O teste de RT-PCR na urina foi positivo em um paciente (4,8%). Houve melhorias observadas na hematúria em 71,4% e na proteinúria em 85,7% no final do acompanhamento. E uma diminuição significativa na UPCR medida em comparação à linha de base (p=0,000). Além disso, foram registradas melhorias nas contagens sanguíneas completas, nos parâmetros inflamatórios, nos testes de ferritina e de coagulação, comparados aos valores basais. Houve correlação positiva entre UPCR basal e ferritina, e correlação negativa entre os valores basais de UPCR e sódio.
CONCLUSÃO:
A síndrome nefrítica de novo induzida por COVID-19 pode ocorrer principalmente devido ao envolvimento túbulo-intersticial e frequentemente resulta em remissão espontânea. No entanto, a questão de por que esses achados não se apresentaram em todos os pacientes que não apresentavam condição comórbida não é clara.
PALAVRAS-CHAVE:
Infecções por coronavírus; Hematúria; Proteinúria; Lesão renal aguda; Nefrite