Introdução:
doença valvar é importante causa de insuficiência cardíaca. Existe relação direta entre a deterioração valvar e o estado inflamatório do paciente, sendo as citocinas interleucina-6, interleucina-1, fator de necrose tumoral e a proteína C reativa as principais envolvidas nesse estado de estimulação.
Objetivo:
relatar uma série de casos de troca valvar, bioprótese ou mecânica e seu perfil inflamatório.
Métodos:
pacientes maiores de 18 anos e portadores de bioprótese ou protética mecânica, com período mínimo de 6 meses e máximo de 2 anos, foram incluídos. Além das características demográficas de cada paciente, colheram-se os marcadores inflamatórios e comparou-se o ecocardiograma conforme registro de prontuário antes e depois da cirurgia. Um total de 46 pacientes foi incluído, tendo sido 23 com valva mecânica e 23 de bioprótese.
Resultados:
dos 46 pacientes, chegamos ao total de 20 pacientes com dados completos, sendo 12 com bioprótese e 8 com protética mecânica. Não houve diferença entre tipo de prótese ou local de implante para os valores dos marcadores inflamatórios, contudo, na média, seus valores estavam aumentados.
Discussão:
pacientes submetidos ao implante de valva protética mecânica aórtica beneficiaram-se mais do que os submetidos ao implante de bioprótese e ambos com resultado bem superior às trocas realizadas na valva mitral. Não houve diferença em relação aos biomarcadores inflamatórios.
insuficiência cardíaca; estenose da valva aórtica; interleucina-6; bioprótese