RESUMO
A alta precisão na estimativa do volume de madeira em florestas tropicais é necessária para apoiar o manejo sustentável. Os scanners a laser terrestres (TLS) podem fornecer estimativas de alta qualidade a partir de variáveis estruturais de árvores. Comparamos estimativas de variáveis do fuste obtidas por TLS e métodos tradicionais em nível de árvore e equações de volume ajustadas usando dados para uma floresta semidecídua sazonal secundária (Mata Atlântica). Também discutimos a viabilidade do TLS em fragmentos florestais hiperdiversos e secundários. Medições tradicionais (Método I) e medidas baseadas em TLS (Método II) foram realizadas em 29 árvores pertencentes a 10 espécies. Foram geradas equações de volume baseadas nos modelos de Schumacher e Hall (SH) e Spurr. O DAP (diâmetro à altura do peito) foi igual para ambos os métodos. A altura total foi superestimada pelo Método II, e a altura comercial apresentou baixa correlação entre os dois métodos. As equações volumétricas ajustadas foram diferentes para ambos os métodos, e aquelas baseadas no modelo de volume SH apresentaram o melhor ajuste. Nossos resultados nos levam a inferir que em florestas secundárias hiperdiversas, as variáveis estruturais das árvores devem ser obtidas via TLS. No entanto, atenção deve ser dada à oclusão das árvores alvo pelo sub-bosque em regeneração e às estimativas de altura, que podem ser influenciadas pelas características da copa das espécies dominantes.
Palavras-Chave:
TLS; Floresta Atlántica; Lidar