RESUMO
A produtividade florestal depende dos fatores ambientais e bióticos da estação onde a espécie florestal se encontra. A produtividade da estação florestal é geralmente avaliada com modelos empíricos aplicados a dados de inventário fornecendo previsões discretas. Enquanto o uso de modelos num SIG permite a construção de mapas de distribuição de produtividade da estação. Assim, o objetivo deste estudo foi desenvolver um índice de produtividade utilizando estatística multivariada e geoestatística acopladas ao SIG para obter um mapa de produtividade florestal. Para o efeito, selecionou-se uma área de estudo com floresta de regeneração natural de pinheiro bravo no centro de Portugal. Primeiramente, o índice de produtividade (PI) foi construído usando a Análise Fatorial das Correspondências (FCA) com um índice de qualidade de estação para a espécie e região (Sh25- modelo de índice de altura) e variáveis ambientais (declive e exposição). Depois, o mapa PI foi obtido por Krigagem multi-Gaussiana e usado como camada SIG para avaliar as áreas da espécie por classe de produtividade (p.e., baixa, intermedia e alta). No final, o método de controle da área foi aplicado para determinar o tamanho e o número de parcelas a serem estabelecidas por classe de produtividade. As parcelas de igual produtividade foram digitalizadas em SIG e organizadas segundo uma progressão de idades disponíveis regularmente para abate anual ao longo de 50 anos. A abordagem metodológica desenvolvida neste estudo provou ser útil na construção de mapas de produtividade florestal que são instrumentos fundamentais para apoiar a regulação da produção florestal.
Palavras-Chave:
Classes de Produtividade da Estação; Método do Controlo da Área; Parcelas de Gestão Florestal
