RESUMO
Os solos da região amazônica, apesar de estarem sob uma das florestas mais densas do mundo, são caracterizados, na sua maioria, pela baixa disponibilidade de nutrientes, sendo a serapilheira a principal via de entrada de nutrientes. O objetivo desse estudo foi quantificar a biomassa de raízes finas na época seca e chuvosa do ano, incluindo o carbono orgânico do solo, e comparar os resultados nos diferentes ambientes de estudo. O estudo foi desenvolvido em ambientes de floresta nativa e reflorestamento com idade acima de 20 anos, localizado no município de Humaitá- AM. Para avaliação da biomassa de raízes, foram realizadas coletas em dois períodos do ano: seco e chuvoso. Em cada uma das áreas de estudo foram escavadas manualmente cinco trincheiras, com dimensão de 0,40 m de profundidade por 0,40 m de largura, nas profundidades de 0-5, 5-15 e 15-30 cm. Para análise de carbono orgânico foram coletadas amostras de solo em forma de torrão nas mesmas profundidades. A produção de biomassa radicular no ambiente de floresta nativa ocorreu de forma mais intensa no período chuvoso, chegando a valores de 8,19 t. ha-1, superior a 3,57 t. ha-1 encontrado em reflorestamento. A densidade em função do volume de solo mostrou que a maior concentração se encontra nos primeiros 5 centímetros de profundidade, diferenciando significativamente nas camadas de 5-15 e 15-30 cm para área de floresta nativa. O carbono orgânico do solo apresentou significância entre o período seco e chuvoso para os ambientes de floresta natural e reflorestamento com jenipapo.
Palavras-Chave:
Floresta Amazônica; Matéria orgânica; Raízes