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TOXICIDADE DO ZINCO E RESPOSTAS RELACIONADAS À TOLERÂNCIA EM MUDAS DE Inga marginata E Allophylus edulis

RESUMO

Embora o zinco (Zn) seja um micronutriente, quantidades excessivas no solo podem causar efeitos tóxicos às plantas. Fertilizantes, materiais calcários, pesticidas e fungicidas adicionados de Zn têm contribuído para aumentar a concentração deste elemento nos solos agrícolas. Dessa forma, é necessário encontrar espécies de plantas tolerantes ao Zn para serem adequadamente utilizadas em programas de restauração de solos degradados. Assim, o presente estudo tem como objetivo investigar a influência de diferentes concentrações de Zn nas variáveis fotossintéticas, na atividade antioxidante e no crescimento de mudas de I. marginata e A. edulis para determinar seu potencial para serem utilizadas como espécies fitorremediadoras. O experimento foi instalado em esquema fatorial 2×5, sendo o primeiro fator duas espécies (Allophylus edulis e Inga marginata), e o segundo fator: cinco concentrações de Zn (2, 75, 150, 225 e 300μM), com três repetições por tratamento. Cada unidade amostral foi constituída por um vaso com cinco plantas. Foram avaliadas variáveis fotossintéticas, morfológicas da parte aérea e do sistema radicular, fluorescência da clorofila a, pigmentos fotossintéticos, atividade de enzimas antioxidantes, peroxidação lipídica, concentração de peróxido de hidrogênio e Zn acumulado nas raízes e na parte aérea. O estresse por Zn ativou um eficiente sistema antioxidante, que reduziu o dano oxidativo nas folhas de ambas as espécies; consequentemente, não diminuiu a produção de biomassa aérea em mudas de Inga marginata e Allophylus edulis. O alto acúmulo de Zn nos tecidos vegetais e a falta de efeitos negativos na parte aérea de Inga marginata e Allophylus edulis sugeriram que essas espécies de plantas são tolerantes ao Zn e podem ser indicadas para fins de fitorremediação de solos poluídos com Zn.

Palavras-Chave:
Estresse oxidativo; Nutrição mineral; Sistema Antioxidante; Troca gasosa

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