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EFEITO DA TAXA DE AQUECIMENTO DE PIRÓLISE NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO EXTRATO PIROLENHOSO DE EUCALYPTUS UROGRANDIS E MIMOSA TENUIFLORA

RESUMO

Dentre os parâmetros do processo de carbonização, a taxa de aquecimento é um dos mais importantes. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência de diferentes taxas de aquecimento na composição química do extrato pirolenhoso (EP) de duas espécies de madeira. Discos secos de madeira de Eucalyptus grandis e Mimosa tenuiflora foram utilizados como matéria prima. As carbonizações foram conduzidas em mufla de laboratório em três taxas de aquecimento (0,7, 1,0 e 1,4 °C min-1), com 10 repetições para cada taxa de aquecimento, atingindo temperatura final de 450 °C. Rendimentos gravimétricos em carvão, líquidos e gases de foram obtidas para todas as carbonizações. Os respectivos líquidos brutos da pirólise para cada espécie e taxa de aquecimento foram bidestilados, obtendo-se as amostras de EP purificado. As amostras foram extraídas com acetato de etila e a fração orgânica foi analisada por cromatografia gasosa/espectrometria de massas obtendo-se dados qualitativos e semi-quantitativos. Um total de 57 e 42 compostos químicos foram identificados nos EP’s de Eucalyptus e Mimosa, respectivamente, divididos nos principais grupos: álcoois, cetonas, furanos, piranos e compostos fenólicos. Para as duas espécies, altas taxas de aquecimento favorecem a formação de furanos e piranos e acarretam baixas concentrações de compostos fenólicos.

Palavras-Chave:
Extrato pirolenhoso; Taxa de aquecimento; Compostos fenólicos

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