MINIJARDIM CLONAL DE SERINGUEIRA: CONDUTIVIDADE ELÉTRICA DA SOLUÇÃO NUTRITIVA NA PRODUÇÃO DE PROPÁGULOS

Borelli, Karla; Rocha, José Henrique Tertulino; Silva, Magali Ribeiro da; Scaloppi Junior, Erivaldo José; Gonçalves, Antonio Natal; Tecchio, Marco Antonio

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Sumário

Scientific Article • Rev. Árvore 48 • 2024 • https://doi.org/10.53661/1806-9088202448263652 copiar

MINIJARDIM CLONAL DE SERINGUEIRA: CONDUTIVIDADE ELÉTRICA DA SOLUÇÃO NUTRITIVA NA PRODUÇÃO DE PROPÁGULOS

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

RESUMO

A seringueira (Hevea brasiliensis) é uma importante espécie florestal que produz borracha natural. Tradicionalmente, os enxertos de seringueira são produzidos em jardins clonais cultivados em solo, o que demanda grandes áreas. No entanto, este sistema, além de ser pouco eficiente em termos de produtividade, apresenta limitações no controle nutricional e hídrico. Uma alternativa já empregada para outras espécies é a adoção do minijardim clonal com aplicação balanceada de nutrientes. Com intuito de empregar esse mesmo sistema à seringueira, objetivou-se investigar os efeitos da aplicação de macro e micronutrientes via fertirrigação na produtividade de um minijardim clonal de seringueira e avaliar a eficiência de utilização de hastes verdes produzidas nessas condições em três métodos de enxertia. Para isso, foram aplicadas cinco doses de macro e micronutrientes em mudas enxertadas de seringueira (clone ‘RRIM 600’ sobre ‘GT1’) e transplantadas para vasos plásticos. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado composto por 5 tratamentos e 10 repetições, com duas plantas por vaso, totalizando 20 plantas por tratamento. Após 105 dias, o ápice caulinar foi removido e as hastes verdes, com comprimento superior a 20 cm, foram colhidas ao longo de um ano. O número de hastes, foi maior nos meses de janeiro a março de 2014, após 135 dias, alcançando 3 hastes verdes planta^-1 mês^-1 e, constatou-se aumento na produtividade até a condutividade elétrica estimada de 1,64 mS cm^-1. Conclui-se que a nutrição aumentou a produtividade do minijardim clonal de seringueira e a sobrevivência dos enxertos após a enxertia. O minijardim clonal representa uma opção promissora para a obtenção de mais propágulos vegetativos de seringueira.

Palavras-Chave:
Fertirrigação; Hevea brasiliensis; Propagação vegetativa.

Table 1 Quantities of macro and micronutrients in 5 nutrient solutions for the fertigation of the mini clonal garden of rubber trees (Hevea brasiliensis)

Nutrients ⁽¹⁾	1	2	3	4	5
Nutrients ⁽¹⁾	mg L^-1
N	0	50	100	200	400
P	0	3	6	12	25
K	0	19	37	75	149
Ca	0	20	40	80	160
Mg	0	4	9	17	34
S	0	4	8	15	31
B	0	0.07	0.14	0.29	0.57
Cu	0	0.02	0.04	0.08	0.17
Fe	0	0.15	0.30	0.60	1.20
Mn	0	0.20	0.39	0.78	1.56
Zn	0	0.05	0.09	0.18	0.36
EC (mS cm^-1)	0.5	1.0	1.5	2.0	2.5

Table 2 Number of grafted rubber tree (Hevea brasiliensis) plants per diameter class using the budding (EB), Saddle graft (GFC), and side-venner graft (EFL) methods.

Diameter classes		Methods of grafting
Diameter classes	EB	GFC	GFL
< 5.6 mm	0	20	0
5.6-7.1 mm	0	51	20
7.2-8.7 mm	39	48	13
8.8 - 10.3 mm	101	10	3
10.4 - 11.9 mm	58	0	0
> 11.9 mm	87	1	0
Total	285	130	36

Table 3 Macro and micronutrient content in leaves of grafted rubber tree plants (Hevea brasiliensis) under fertigation irrigation with different nutrient concentrations in each season.

Treat-ments	N	P	K	Ca	Mg	s	B	Cu	Fe	Mn	Zn
	gkg^-1						mg kg^-1
						Winter
1	27.7	1.7	11.4	10.6	1.8	2.2	120	6.5	84.7	73	31
1	c	be	AB	a AB	ab	abC	b		C	bB	AB
2	29.3	1.5	12.2	2.2	1.2	1.4	92	5.3	59.3	40	36
2	c	c	AB	bAB	b	cC	b		C	abB	AB
3	45.2	4.2	12	4.7	2	2.6	93	6.1	62.1	174	41
3	a	a	AB	abAB	a	abC	b		C	abB	AB
4	39.9	3.1	12.2	2.3	1.7	1.5	56	6.3	45.8	73	34
4	b	a	AB	bAB	ab	bcC	b		C	abB	AB
5	49.1 a	2.6 ab	14.4 AB	5.4 ab AB	1.9 ab	2 a C	146 a	4.3	48.5 C	99 a B	28 AB
						Spring
1	30.1 c	1.6 bc	15.4 A	4.9 a B	2.1 ab	2.5 ab AB	81 b	8.7	56.5 C	33 b A	24 B
2	29.8 c	1.3 c	12.4 A	2.2 b B	1.7 b	1.9 c AB	45 b	4.6	43.8 C	30 ab A	29 B
3	48.2 a	3.6 a	11.4 A	2.7 ab B	2.4 a	2.4 ab AB	36 b	7.2	51.6 C	46 ab A	31 B
4	40.3 b	2.6 a	13.6 A	2.1 b B	1.8 ab	2.1 bc AB	35 b	3.9	45.6 C	26 ab A	39 B
5	50.5 a	2 ab	10.8 A	6 ab B	2.7 ab	4.7 a AB	164 a	5.4	56.7 C	103 a A	29 B
						Summer
1	25.1 c	2.1 bc	12.0 B	4.5 a AB	1.8 ab	2.4 ab BC	61 b	7.0	128.5 A	33 b AB	28 B
2	23.7 c	1.7 c	9.1 B	2.8 b AB	1.4 b	1.5 c BC	47 b	6.8	110.1 A	42 ab AB	20 B
3	38.2 a	2.5 a	11.0 B	4.1 ab AB	2.2 a	2.8 ab BC	42 b	7.3	137.8 A	86 ab AB	30 B
4	39.4 b	2.4 a	8.4 B	3.3 b AB	1.6 ab	1.7 bc BC	65 b	5.8	129.7 A	72 ab AB	22 B
5	52.6 a	2.6 ab	8.3 B	4.8 ab AB	1.3 ab	3.1 a BC	141 a	6.5	121.3 A	82 a AB	33 B
						Fall
1	17.2 c	1.4 bc	11.2 B	8.5 a A	1.9 ab	3.4 ab A	74 b	6.8	102.0 B	38 b AB	41 A
2	23.3 c	1.6 c	9.5 B	5.8 b A	1.7 b	2.7 c A	106 b	6.7	86.6 B	73 ab AB	33 A
3	42.2 a	2.8 a	9.4 B	4.6 ab A	2.2 a	3.4 ab A	70 b	6.8	101.2 B	95 ab AB	70 A
4	44.4 b	3.0 a	9.2 B	5.0 b A	2.1 ab	3.0 bc A	127 b	6.6	86.6 B	81 ab AB	45 A
51	-	-	-	-	-	-	-	-	-	-	-

Table 4 Number of grafted seedlings (NE) and percentage survival (PS) in three grafting methods on rubber tree rootstocks (Hevea brasiliensis) across 5 treatments with different nutrient solutions.

Treatments	EB					GFL
Treatments	NE	PS	NE	PS	NE	PS
1	8	50	12	8.3	-	-
2	15	13.3	42	12	-	-
3	35	34.3	7	29	17	0
4	73	43.8	20	25	8	0
5	4	0	1	0	-	-
Total	135	37	82	16	25	0

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[1] *Corresponding author.