RESUMO
Entre os métodos utilizados para a restauração de áreas alteradas, tem-se o plantio de mudas arbóreas nativas como um dos mais tradicionais. O objetivo desse estudo foi verificar a sobrevivência e o crescimento de mudas de Casearia sylvestris Sw, Handroanthus heptaphyllus Vell. Mattos e Parapiptadenia rigida Benth. Brenan, em área alterada, de acordo com o recipiente utilizado na produção das mudas em viveiro e do uso de mulching no plantio, por meio de atributos morfológicos e fisiológicos. O experimento foi conduzido em esquema fatorial 2x2, considerando tipos de recipientes na produção das mudas (saco plástico e tubete) e presença ou ausência de mulching no entorno das mudas no plantio. As três espécies apresentaram médias de sobrevivência semelhantes aos 24 meses. As taxas entre os tratamentos foram 72,5; 85,0 e 80,0%, respectivamente. Obteve-se efeito positivo do uso de saco plástico para incremento em altura (IncH) e em diâmetro coleto (IncDC), área da copa (AC) e massa seca da parte aérea (MSPA) para C. sylvestris e H. heptaphyllus, enquanto para P. rigida, o uso do saco plástico favoreceu à AC e MSPA. A presença de mulching favoreceu os atributos IncH, IncDC, AC e MSPA de H. heptaphyllus, bem como a AC e a MSPA de C. sylvestris. Quanto aos parâmetros fisiológicos (níveis relativos de clorofila a e b e fluorescência de clorofila a), não foi observada diferença entre os tratamentos testados. Indica-se que mudas de C. sylvestris, H. heptaphyllus e P. rigida, para plantio em área antropizada, sejam produzidas em recipiente saco plástico de 1,5 L visando maior crescimento a campo. Além disso, no plantio de C. sylvestris e H. heptaphyllus deve-se utilizar o mulching para favorecer seu crescimento.
Palavras-Chave:
Saco plástico; Tubetes; Atributos morfológicos e fisiológicos