Resumo
Objetivo:
Comparar a densidade do transportador de dopamina (DAT) com outros fatores de risco para discinesia induzida pela L-DOPA em pacientes com doença de Parkinson, com e sem discinesias.
Materiais e Métodos:
Sessenta e sete sujeitos, 23 voluntários saudáveis e 44 pacientes pareados por idade com diferentes graus de gravidade da doença de Parkinson idiopática (29 homens; idade média ± desvio-padrão (DP), 59 ± 7 anos; duração média ± DP dos sintomas, 10 ± 6 anos; H&Y: média ± DP, 2,16 ± 0,65; UPDRS III: média ± DP, 29,74 ± 17,79). Todos os sujeitos realizaram SPECT cerebral com 99mTc-TRODAT-1. Além disso, foram calculadas as taxas de captação específica ou potenciais de ligação no estriado.
Resultados:
A densidade de DAT do estriado ipsilateral ou contralateral foi menor no grupo doença de Parkinson. As variáveis duração da doença, dosagem de L-DOPA, doses por dia, tempo de duração do efeito da L-DOPA, H&Y e UPDRS III explicaram a ocorrência de discinesia. Adicionalmente, pacientes com discinesia exibiram menor densidade de DAT no estriado ipsilateral ou contralateral e no núcleo caudado do que os pacientes sem discinesia.
Conclusão:
O presente estudo sugere que a denervação dopaminérgica pré-sináptica na doença de Parkinson está associada ao desenvolvimento de discinesia induzida pela L-DOPA.
Unitermos:
Doença de Parkinson; Levodopa; Discinesias; Dopamina; Tropanos