Resumo
Objetivo:
Comparar as indicações de ressonância magnética da pelve feminina num centro de referência oncológico.
Materiais e Métodos:
Estudo retrospectivo, unicêntrico, realizado por revisão de prontuários e laudos de exames de imagem. Foram incluídas 1060 pacientes que realizaram ressonância magnética da pelve, de janeiro de 2013 a junho de 2014, num centro oncológico. As indicações dos exames foram classificadas segundo os critérios do American College of Radiology (ACR).
Resultados:
A idade média das pacientes foi 52,6 ± 14,8 anos, com 49,8% na perimenopausa ou pós-menopausa. A maioria (63,9%) apresentava antecedente de câncer, sendo 29,5% ginecológicos e 34,4% não ginecológicos. Das pacientes com queixa clínica (44%), os sintomas mais relatados foram dor pélvica (11,5%) e sangramento (9,8%). Em 34,7% das pacientes havia alteração ultrassonográfica prévia. A maioria das pacientes (76,7%) apresentou indicação adequada para o exame, segundo os critérios do ACR. As principais indicações foram: avaliação da recorrência tumoral após ressecção (25,9%), detecção e estadiamento de neoplasias ginecológicas (23,3%) e avaliação de dor ou massa pélvica (17,1%).
Conclusão:
A maioria dos exames avaliados apresentou indicação adequada segundo os critérios do ACR. A principal indicação foi a pesquisa de recidiva local após tratamento cirúrgico de neoplasias pélvicas, compatível com a rotina num centro oncológico.
Unitermos:
Ressonância magnética; Pelve feminina; Oncologia