Resumo
Objetivo:
Determinar a acurácia da ressonância magnética com difusão na identificação de sinais de inflamação ileal distal em pacientes com doença de Crohn.
Materiais e Métodos:
Estudo retrospectivo com 38 pacientes consecutivos com doença de Crohn que foram submetidos a enterografia por ressonância magnética. Os pacientes foram alocados em duas categorias, utilizando a positividade na endoscopia e na biópsia como referência: doença ativa ou não ativa. Foram determinados os valores do coeficiente de difusão aparente (ADC), assim como o magnetic resonance index of activity (MaRIA) e o escore Clermont.
Resultados:
Dezoito pacientes (47%) apresentaram doença inflamatória ativa. Os pacientes com inflamação ativa tiveram maior restrição na difusão, edema de mucosa, espessamento de parede, MaRIA e escore Clermont quando comparados aos pacientes sem inflamação. A correlação de concordância interobservador foi excelente para o MaRIA e para o escore Clermont e considerável para o ADC. Os melhores pontos de corte no estudo para identificação de inflamação pela colonoscopia para o ADC foi 2,1 × 10-3 mm2/s, com sensibilidade de 88,8% e especificidade de 95,0%. A imagem ponderada em difusão apresentou acurácia de 89,4%, sensibilidade de 88,9% e especificidade de 90,0% em relação à identificação de inflamação na colonoscopia.
Conclusão:
A análise visual das sequências de difusão possui boa acurácia na detecção de inflamação ileal distal em pacientes com doença de Crohn. Valores baixos de ADC possuem boa sensibilidade na detecção de inflamação na colonoscopia.
Unitermos:
Doença de Crohn; Difusão por ressonância magnética; Inflamação; Ileíte; Intestino delgado; Ressonância magnética