Resumo
Objetivo:
Definir o padrão de rotação do fêmur distal em população brasileira, correlacionar esse padrão com o sugerido pelos instrumentais de artroplastia e analisar a variabilidade de cada parâmetro anatômico.
Materiais e Métodos:
Foram avaliados 101 exames de ressonância magnética no período compreendido entre abril e junho de 2012. A coleta dos dados epidemiológicos foi feita pelo sistema informatizado da instituição de imagem, sendo 52 pacientes masculinos e 49 femininos. As mensurações foram feitas no plano axial, correlacionando e triangulando com os outros planos. Utilizamos como referência para as medidas angulares a linha condilar posterior. Na sequência, especificamos o eixo transepicondilar anatômico, cirúrgico e a linha troclear anteroposterior. As angulações entre a linha de referência e as linhas estudadas foram calculadas pelo software da instituição.
Resultados:
Foi encontrada uma média de 6,89° na aferição do eixo transepicondilar anatômico em relação à linha condilar posterior, variando de 0,25° a 12°. O eixo transepicondilar cirúrgico apresentou média de 2,89°, variando de –2,23° (rotação interna) a 7,86°. O eixo perpendicular à linha troclear anteroposterior apresentou média de 4,77°, variando de –2,09° a 12,2°.
Conclusão:
O ângulo transepicondilar cirúrgico apresentou valores médios correspondentes aos da população caucasiana. Os instrumentais estão adequados, porém nenhum parâmetro anatômico se mostrou constante o suficiente para ser usado de forma isolada.
Unitermos:
Joelho; Prótese; Imagem; Ressonância magnética; Alinhamento