Resumo
Objetivo:
Avaliar o efeito da utilização de um agente de contraste intravascular baseado em gadolínio quelado a albumina (gadofosveset) no tempo T1 e no coeficiente de partição do miocárdio, quando comparado com um agente de contraste extravascular baseado no gadolínio não quelado a albumina (gadobenato).
Materiais e Métodos:
Os participantes do estudo foram submetidos a dois exames para aquisições do mapeamento T1 em aparelho de 3 tesla. Utilizando uma sequência de pulso modificada - modified look-locker inversion recovery (MOLLI) -, realizou-se uma etapa pré-contraste e duas etapas pós-contraste do mapa T1 (média de 15 e 21 minutos). O coeficiente de partição foi calculado como: ΔR1miocárdio /ΔR1sangue.
Resultados:
Um total de 252 valores de mapa T1 no miocárdio e no sangue foi obtido em 21 indivíduos saudáveis. Após a administração do meio de contraste, a diferença média do tempo T1 do miocárdio entre os agentes de contraste foi -7,6 ± 60 ms (p = 0,41) (isto é, gadobenato T1 < gadofosveset T1). Já no sangue, a diferença média de tempo T1 foi 56,5 ± 67 ms (p < 0,001) (isto é, gadobenato T1 > gadofosveset T1). O coeficiente de partição foi maior para o gadobenato (λ = 0,41) do que para o gadofosveset (λ = 0,33), refletindo uma eliminação mais lenta do gadofosveset em comparação com o gadobenato.
Conclusão:
Os tempos T1 do miocárdio não foram significativamente diferentes entre gadobenato e gadofosveset. Os coeficientes de partição foram significativamente mais baixos para o agente de contraste intravascular em comparação com o agente extravascular em doses clínicas típicas de cada contraste.
Unitermos:
Gadolínio; Gadolínio DTPA; Meios de contraste; Compostos organometálicos; Ressonância magnética/métodos; Miocárdio/patologia