Resumo
Objetivo:
Demonstrar o valor da abordagem transparieto-hepática no tratamento de estenoses biliares em pacientes pediátricos submetidos a transplante de fígado.
Materiais e Métodos:
Estudo retrospectivo com revisão de prontuários, exames laboratoriais e de imagem dos pacientes pediátricos submetidos a transplante hepático. Foram incluídos pacientes com suspeita de estenose de vias biliares que realizaram colangiografia transparieto-hepática para diagnóstico, entre 1º de setembro de 2012 e 31 maio de 2015. Os dados de 12 pacientes foram coletados, dos quais 7 apresentaram estenose de vias biliares.
Resultados:
No total foram realizados 21 procedimentos: 2 pacientes realizaram dois procedimentos (28,6%), 3 pacientes realizaram três procedimentos (42,8%) e 2 pacientes realizaram quatro procedimentos (28,6%). A média de procedimentos por paciente foi 3 (variação: 2–4) e o intervalo médio entre os procedimentos foi 2,9 meses (variação: 0,8–9,1 meses). A permanência média do dreno foi 5,8 meses (variação: 3,1–12,6 meses). Uma paciente apresentou hemobilia com instabilidade hemodinâmica, tratada com sucesso por via endovascular. O sucesso clínico foi alcançado nos 7 pacientes e o seguimento médio após retirada do dreno foi 15,4 meses (variação: 5,3–26,7 meses).
Conclusão:
A abordagem transparieto-hepática das estenoses biliares em crianças submetidas a transplante de fígado demonstrou ser tratamento eficaz, com baixo índice de complicações.
Unitermos:
Transplante de fígado; Atresia de vias biliares; Constrição patológica/terapia; Colangiografia; Drenagem