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“Sinal da Estrela de Belém” na análise evolutiva das lesões durante e após o tratamento em pacientes com neuroparacoccidioidomicose

Resumo

Objetivo:

Descrever a evolução clínica e radiológica das lesões durante e após o tratamento de pacientes diagnosticados com neuroparacoccidioidomicose (NPCM).

Materiais e Métodos:

Revisamos os prontuários médicos, estudos de tomografia computadorizada e ressonância magnética (RM) de pacientes com NPCM de nossa instituição, no período de setembro de 2013 a janeiro de 2022.

Resultados:

Dos 36 casos de NPCM, oito foram incluídos no presente estudo. Um caso apresentava apenas envolvimento paquimeníngeo e ósseo craniano e sete casos apresentavam lesões encefálicas pseudotumorais, totalizando 52 lesões, sendo 46 (88,5%) supratentoriais. Dentre 32 lesões com diâmetro ≤ 1,2 cm, 27 (84,4%) apresentaram resolução completa durante o tratamento. Três casos apresentaram padrão semelhante de evolução da lesão na RM em lesões > 1,2 cm, caracterizado pelo aparecimento de nódulo excêntrico com impregnação pelo gadolínio, seguido de redução das dimensões e do realce nodular pelo contraste nos estudos subsequentes.

Conclusão:

A NPCM apresenta-se predominantemente com lesões supratentoriais. Lesões ≤ 1,2 cm tendem a desaparecer completamente durante o tratamento. Lesões > 1,2 cm tendem a apresentar um padrão de imagem de RM característico ao longo do tratamento, descrito como o “sinal da Estrela de Belém”.

Unitermos:
Paracoccidioidomicose; Sistema nervoso central; Infecções fúngicas; Tomografia computadorizada; Ressonância magnética; Infecções fúngicas invasivas

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