Resumo
Objetivo:
Descrever uma abordagem modificada para a avaliação de nódulos adrenais utilizando um protocolo padrão de ressonância magnética abdominal.
Materiais e Métodos:
A nossa amostra foi composta de 149 indivíduos (132 adenomas e 40 não adenomas). O índice de intensidade do sinal adrenal foi calculado. As lesões foram agrupadas em três grupos de acordo com o tempo de wash-in até atingir o pico de realce (arterial, tipo 1 PE; portal-venoso, tipo 2 PE; ou intersticial, tipo 3 PE). O wash-out relativo e o absoluto foram calculados. O teste t de Student foi utilizado para examinar diferenças entre adenomas e não adenomas. A análise da curva ROC foi realizada.
Resultados:
O índice de intensidade médio do sinal adrenal dos adenomas adrenais foi significativamente maior (p < 0,0001). A imagem de fora-de-fase teve sensibilidade de 94,4% e especificidade de 100% para diferenciar adenomas de não adenomas. Do total de adenomas, 47,6% exibiram tipo 1 PE, 48,5% tipo 2 PE e 3,9% tipo 3 PE. Para todos os padrões de realce foram encontradas diferenças significativas para as porcentagens médias de wash-out. Houve tendência para uma melhor diferenciação da lesão utilizando o cálculo absoluto de wash-out para lesões apresentando tipo 1 PE e wash-out relativo para lesões apresentando tipo 2 PE, com sensibilidade e especificidade de 71,4% e 80% e 68% e 100%, respectivamente. A probabilidade calculada de uma lesão pobre em lipídios exibir um padrão tipo 3 PE de ser um não adenoma foi superior a 99%.
Conclusão:
O agrupamento de padrões dinâmicos de realce proporciona elevada precisão diagnóstica na diferenciação de adenomas de não adenomas adrenais.
Unitermos:
Adenoma; Neoplasias adrenais; Realce de imagem; Meio de contraste; Ressonância magnética