Resumo
Objetivo:
Demonstrar a frequência de malignidade e as características histológicas das lesões encontradas em pacientes submetidas a biópsia a vácuo guiada por ressonância magnética (RM).
Materiais e Métodos:
Estudo retrospectivo, realizado no período de abril de 2008 a dezembro de 2016, de biópsia a vácuo guiada por RM, em que se analisaram dados clinicoepidemiológicos, classificação BI-RADS e resultados histopatológicos. A comparação entre os nódulos e os realces não nodulares e a presença de malignidade foi realizada utilizando-se o teste de qui-quadrado.
Resultados:
Dos 215 casos com indicação de biópsia a vácuo guiada por RM, 10 (5%) foram contraindicados e os restantes 205 (95%) foram tecnicamente viáveis. Foi observado que 66% eram realces não nodulares (135 lesões) e 34% eram nódulos (70 lesões), medindo, em média, 2,2 cm (0,5-9,6 cm) e 0,97 cm (0,5-2,2 cm), respectivamente. Das 205 lesões analisadas, 43 (21%) eram malignas, 129 (63%) eram benignas e 33 (16%) eram de alto risco. O achado histológico mais frequente nos casos de malignidade foi o carcinoma ductal infiltrante, e nos casos de alto risco, as neoplasias lobulares. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os nódulos e realces não nodulares em relação a malignidade (p = 0,725).
Conclusão:
Na nossa amostra, a taxa global de malignidade foi de 21%. No entanto, é necessário correlação com dados cirúrgicos e seguimento nos casos benignos, para melhor avaliação dos resultados.
Unitermos:
Biópsia guiada por imagem/métodos; Mama; Ressonância magnética; Neoplasias da mama/diagnóstico