Resumo
Objetivo:
Identificar achados epidemiológicos e de imagem em pacientes com suspeita clínica de ureterolitíase que afetam a detecção do cálculo no ultrassom (US), comparado com a tomografia computadorizada multidetectores (TCMD).
Materiais e Métodos:
Procuramos, em nosso banco de dados, por pacientes que realizaram US no serviço de emergência, seguido por TCMD (se US negativo), por suspeita de ureterolitíase. Os pacientes foram divididos em: 1) US positivo; 2) US negativo e TCMD positiva; 3) US e TCMD negativos. Avaliamos idade, sexo, lateralidade, localização ureteral, índice de massa corporal, diâmetro e densidade do cálculo.
Resultados:
Foram incluídos no estudo 292 pacientes. Constatamos que 53,1% das ureterolitíases foram detectadas por US (grupo 1), 15,7% apenas por TCMD (grupo 2), e em 31,2% ambos os métodos foram negativos (grupo 3). Idade, sexo, lateralidade e densidade do cálculo pela TCMD não tiveram diferença significativa entre os grupos. No grupo 1, ureterolitíase foi detectada, preferencialmente, em localização distal, e fora do ureter distal no grupo 2. O índice de massa corporal foi significativamente maior em pacientes do grupo 2, comparado ao grupo 1. O diâmetro do cálculo detectado no grupo 1 foi significativamente maior do que no grupo 2.
Conclusão:
Índice de massa corporal, diâmetro e localização do cálculo no terço distal do ureter foram os principais fatores que contribuíram para a detecção do cálculo pelo US.
Unitermos:
Ureterolitíase; Ultrassonografia; Tomografia computadorizada; Índice de massa corporal