Resumo
Objetivo:
Comparar protocolos automatizados e manuais de ressonância magnética para estimar a concentração hepática de ferro em 1,5 T.
Materiais e Métodos:
Foi realizada ressonância magnética hepática em 53 pacientes com suspeita de sobrecarga de ferro hepática e 21 controles, seguida da estimativa cega da concentração hepática de ferro por dois examinadores usando mapas automáticos T2* e T1, assim como o manual T2* e o método signal-intensity-ratio. O desempenho foi medido usando curvas ROC e a correlação interobservador e intraobservador usando o coeficiente de correlação intraclasse bidirecional.
Resultados:
O desempenho da curva ROC separando pacientes e controles mostrou áreas sob a curva de 0,912 para o mapa automático T2*, 0,934 para o método signal-intensity-ratio, 0,908 para manual T2* e 0,80 para mapa T1 (este difere significativamente dos outros três métodos). Houve boa correlação interobservador e intraobservador (coeficiente de correlação intraclasse entre 0,938 e 0,998; p < 0,05). Correlações envolvendo o mapa T1, embora ainda significativas, foram menores.
Conclusão:
Em 1,5 T, o mapa T2* representa uma nova ferramenta rápida e promissora para avaliar o diagnóstico de sobrecarga de ferro hepática, enquanto o mapa T1 mostrou menor precisão. O desempenho do mapa T1 foi menor que o dos métodos T2*.
Unitermos:
Fígado/diagnóstico por imagem; Fígado/metabolismo; Sobrecarga de ferro/diagnóstico por imagem; Ferro/metabolismo; Ressonância magnética/métodos; Processamento de imagem assistida por computador/métodos