Resumo
Objetivo: Avaliar três estratégias diferentes de medidas para quantificação da esteatose hepática e verificar se existem diferenças entre as formas homogênea e heterogênea de esteatose.
Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo, realizado com base em revisão de exames de ressonância magnética. Foram avaliadas três diferentes estratégias de medidas para quantificação da esteatose hepática em dois grupos pareados: esteatose homogênea e esteatose heterogênea. Considerou-se nível de significância de p < 0,05 em todos os testes realizados.
Resultados: No grupo de esteatose heterogênea, o uso de região de interesse (ROI) de 1 cm2 para medir a intensidade de sinal na área mais alterada apresentou variações significativas na quantificação, enquanto a média de quatro ROIs de 1 cm2 ou a segmentação de área representativa em corte axial não apresentaram variações significativas. Na esteatose hepática homogênea, qualquer estratégia utilizada não demonstrou diferença significativa. O coeficiente de correlação intraclasse variou entre 0,96 e 0,99, com intervalo de confiança 95% de 0,93-0,99.
Conclusão: A quantificação da gordura hepática por ressonância magnética utilizando apenas uma ROI é menos representativa, principalmente na esteatose heterogênea. Não houve diferença significativa entre a obtenção da média de quatro ROIs e a segmentação de área representativa do parênquima.
Unitermos: Esteatose hepática; Doença hepática gordurosa não alcoólica; Ressonância magnética