Resumo
Objetivo:
Examinar o potencial das imagens de contraste dinâmico (DCE-MRI) e difusão (DW-MRI) em ressonância magnética na detecção de linfonodos cervicais malignos.
Materiais e Métodos:
Foram realizadas DCE-MRI e DW-MRI em 33 linfonodos cervicais. Os valores de realce relativo máximo, realce relativo, tempo de pico, taxa de realce e lavagem, brevidade do realce e área sob a curva foram avaliados pela análise semiquantitativa (DCE-MRI). Os coeficientes de difusão aparente na DW-MRI foram obtidos na área de interesse. Foram excluídas partes císticas ou necróticas dos nódulos. Todos os pacientes foram submetidos a dissecção cervical ou a biópsia. Os resultados de imagem foram correlacionados com os achados patológicos. Nenhum paciente foi submetido a tratamento neoadjuvante antes da dissecção do pescoço.
Resultados:
Realce relativo, realce relativo máximo e taxa de realce aumentaram nos nódulos malignos (p < 0,009, p < 0,05 e p < 0,03, respectivamente). O tempo de pico foi reduzido nos nódulos malignos (p < 0,02). A análise multivariada identificou tempo de pico (sensibilidade, 73,7%; especificidade, 69,2%) e realce relativo (sensibilidade, 89,2%; especificidade, 69,2%) como variáveis capazes de distinguir os nódulos benignos e malignos.
Conclusão:
Embora o DCE-MRI possa diferenciar os nódulos benignos e malignos, ainda não há consenso sobre a técnica de análise semiquantitativa, em razão de dificuldade de aplicação clínica. Valores baixos do coeficiente de difusão aparente podem predizer nódulo metastático, mas devem-se considerar também resultados falso-positivos, provavelmente secundários ao processo inflamatório.
Unitermos:
Linfonodos/diagnóstico por imagem; Metástase linfática/diagnóstico por imagem; Ressonância magnética/métodos; Difusão por ressonância magnética