RESUMOS DE TESES
Avaliação da doença de Parkinson pela ressonância magnética
Autor: Leonardo Vedolin
Orientador: Edson Marchiori.
Dissertação de Mestrado. UFRJ, 2003.
O objetivo principal deste estudo é avaliar a doença de Parkinson pela ressonância magnética. De outubro de 1999 a outubro de 2002, foram estudados 42 pacientes com sintomas parkinsonianos, utilizando-se aparelho de ressonância magnética de 1,5 T, nas seqüências de pulso spin-eco e turbo spin-eco, ponderadas em T2, FLAIR e "inversion recovery", com especial atenção ao mesencéfalo, núcleos da base e substância branca cerebral.
Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo com doença de Parkinson (n = 26) e grupo com síndrome parkinsoniana atípica (n = 16), sendo os resultados comparados com um grupo controle (n = 18). Foram avaliadas as seguintes variáveis: espessura da pars compacta do mesencéfalo, grau de hipointensidade de sinal no putâmen, grau de atrofia cerebral, lesões no mesencéfalo, lesões na substância branca e a presença de lesão na borda póstero-lateral do putâmen. A média de idade nos grupos foi de 58,2 anos nos grupos com doença de Parkinson e controle e de 60,5 anos no grupo com síndrome parkinsoniana atípica.
Os pacientes com doença de Parkinson e síndrome parkinsoniana atípica apresentaram redução da espessura da pars compacta e maior grau de hipointensidade de sinal no putâmen. O grau de atrofia cerebral foi maior nos pacientes com síndrome parkinsoniana atípica. As lesões no mesencéfalo e na substância branca foram semelhantes entre os grupos. O sinal hiperintenso na borda póstero-lateral do putâmen foi um achado pouco freqüente na população estudada, mas sugestivo de atrofia de múltiplos sistemas.
Dessa forma, a ressonância magnética detectou alterações morfológicas cerebrais que podem auxiliar no diagnóstico por imagem das síndromes parkinsonianas.
Aspectos radiológicos e epidemiológicos do ceratocisto odontogênico
Autor: André Fernandes da Silva
Orientador: Edson Marchiori
Dissertação de Mestrado. UFRJ, 2003.
Neste estudo foram avaliados, retrospectivamente, os aspectos epidemiológicos e radiológicos de 66 ceratocistos odontogênicos observados em 49 pacientes, diagnosticados e tratados no Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no período de janeiro/1990 a dezembro/2001.
Os prontuários, radiografias e laudos histopatológicos foram revisados e avaliados. O sexo feminino (61,2%) foi mais acometido do que o sexo masculino (38,8%). Os ceratocistos ocorreram com maior freqüência em pacientes da segunda à quarta décadas de vida, com média de idade de 34 anos, acometendo mais a mandíbula (69,7%) do que a maxila (30,3%). Na mandíbula, a região do ramo apresentou 45,6% dos cistos, a região do corpo foi local de 37%, e a anterior, 17,4%. Na maxila, 80% das lesões ocorreram na região posterior e 20% na região anterior. Radiograficamente, 68,2% dos 66 ceratocistos eram uniloculares, e 31,8%, multiloculares. Na mandíbula, 56,5% dos ceratocistos eram uniloculares, e 43,5%, multiloculares. Na maxila, as imagens uniloculares correspondiam a 95% e 5% eram multiloculares. Os pacientes que não tinham a síndrome do nevo basocelular (grupo A) apresentaram 78,6% dos ceratocistos na mandíbula e 21,4% na maxila, contra 54,2% e 45,8%, respectivamente, dos pacientes com a síndrome (grupo B). O grupo A apresentou 57,1% de lesões uniloculares e 42,9% de multiloculares. O grupo B apresentou, respectivamente, 87,5% e 12,5%, sugerindo uma predileção de lesões uniloculares em pacientes portadores da síndrome.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
18 Ago 2003 -
Data do Fascículo
Mar 2003