Resumo
Objetivo: Avaliar alterações ultrassonográficas na veia safena magna (VSM) após escleroterapia com espuma para varizes.
Materiais e Métodos: Estudo prospectivo de 33 pacientes com varizes classificadas como C4-C6 (classificação clinical severity- etiology-anatomy-pathophysiology), durante três meses, submetidos a escleroterapia com espuma de polidocanol. Os pacientes foram acompanhados por ultrassonografia vascular antes, durante e 7, 15, 30, 60 e 90 dias após o procedimento. Avaliaram-se o diâmetro da VSM, a taxa de oclusão venosa e a taxa de abolição do refluxo. Dois indivíduos foram excluídos do estudo por apresentarem história prévia de trombose venosa profunda e um paciente não participou do estudo por asma brônquica.
Resultados: Dos 30 pacientes que completaram o protocolo, 26 eram do sexo feminino e 4 eram do sexo masculino, com idade média de 62 anos. O diâmetro da VSM médio pré-operatório foi 6,0 ± 0,32 mm (variação: 3,6-11,2 mm). Na escleroterapia, houve redução do diâmetro médio para 1,9 ± 0,15 mm (variação: 0,6-3,8 mm). Em 7 dias, houve aumento médio do diâmetro da VSM para 6,3 ± 0,28 mm (variação: 3,9-9,7 mm). Em 90 dias, o diâmetro da VSM médio reduziu para 4,0 ± 0,22 mm (variação: 1,9-8,2 mm). O refluxo venoso apresentou redução estatisticamente significante entre o pré-operatório e pós-operatório após 90 dias (p < 0,0028).
Conclusão: Com base em nossa análise ultrassonográfica, podemos concluir que a escleroterapia com espuma para varizes resulta em uma redução significativa do diâmetro da VSM, bem como abolição do refluxo da VSM.
Unitermos: Ultrassonografia; Escleroterapia; Varizes; Veia safena; Insuficiência venosa