Resumo
Introdução
Estudo prospectivo randomizado, compara duas técnicas perivasculares com a técnica perineural para o bloqueio do plexo braquial via axilar guiado por ultrassom (BPVA-USG). Objetivo primário foi verificar se essas técnicas perivasculares são não inferiores à técnica perineural.
Método
Foram randomizados 240 pacientes para receber as técnicas: abaixo da artéria (TA), ao redor da artéria (TR) ou perineural (PN). O volume de anestésico usado foi 40 ml de bupivacaína 0,375%. Em todos os pacientes, fez-se o bloqueio do nervo musculocutâneo com 10 ml. Na técnica TA, injetaram-se 30 ml abaixo da artéria axilar. Na técnica TR, injetaram-se 7,5 ml em quatro pontos ao redor da artéria. Na técnica PN, os nervos mediano, ulnar e radial foram anestesiados com 10 ml por nervo.
Resultados
Análise dos intervalos de confiança mostrou que as técnicas perivasculares estudadas não são inferiores à técnica perineural. A técnica TA apresentou menor tempo para o bloqueio (300,4 ± 78,4 seg; 396,5 ± 117,1 seg; 487,6 ± 172,6 seg; respectivamente). A técnica PN apresentou menor tempo de latência (PN - 655,3 ± 348,9 seg; TA - 1044 ± 389,5 seg; TR - 932,9 ± 314,5 seg) e menor tempo total de procedimento (PN - 1132 ± 395,8 seg; TA -1346,2 ± 413,4 seg; TR 1329,5 ± 344,4 seg). A técnica TA apresentou maior incidência de punção vascular (TA - 22,5%, TR - 16,3%; PN - 5%).
Conclusão
As técnicas perivasculares são opções viáveis à técnica perineural para o BPVA-USG. Ressalta-se maior incidência de punção vascular associada à técnica TA.
PALAVRAS-CHAVE
Bloqueio plexo braquial via axilar; Ultrassom; Técnica perineural; Técnica perivascular; Punção vascular